sábado, 24 de abril de 2010

Vontade...


Atravessei a rua correndo. Contei as janelas ainda na calçada. Peguei o elevador.

Toques frenéticos no botão “4”. “É o 4º andar” – repetia a mim mesma.

Um solavanco me despertou dos meus absortos pensamentos.

Abri a porta que não estava trancada.

Nem acreditei. Lá estava você...


De frente para a enorme vidraça. Um cavalete levemente entre as pernas.

Uma paleta de tintas numa das mãos, na outra pincel...

Não consegui decifrar a arte desenhada. Que importa?

Não consegui dar nenhum passo. Apenas olhar você.


Quando deu comigo ali parada, balbuciou alguma coisa que não entendi.

E antes que dissesse algo, corri.

Não de você, mas para você.

Me joguei em teus braços...


Você se pôs de pé, sem entender nada.

Sem camisa, uma calça jeans desbotada... pulei!

Me atraquei em você, com as pernas na sua cintura e os braços em volta do pescoço.

Te obriguei a me imprensar contra a parede, evitando que me esborrachasse no chão.


Então se entregou. Foi assim que se entregou...

Mãos de tinta apertaram minha coxa direita com força e minha nuca...

Puxando suavemente meus cabelos.


Me apressei em te despir, desajeitadamente.

E você me correspondeu.

O solavanco do elevador não foi nada comparado àquilo...

Fechei os olhos, beijos... tintas... óleo... tela... cavalete... cavalgando...

Sorri. Esmoreci finalmente.


A fraqueza me apeteceu. Mas não podia continuar.

Te fiz um carinho ruidoso e você grunhiu como um bicho selvagem.

Ainda sinto o sabor...


Me recompus, te olhei uma última vez...

Saí.

Cheguei em casa. Uma chuveirada. Depois cama. Adormeci lentamente lembrando cada detalhe...

Sabia que era certo. Só não sabia o seu nome. Aliás, não saberei nunca...




Marília Araujo

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Qual motivo?

Que tristeza enorme se alastrou em meu coração causando tamanha dor e me fazendo sofrer.O motivo? Não sei explicar.
A caminho da minha possível fortaleza, as primeiras lágrimas insistiram em cair e não pude contê-las.
Tentei minimizar tanta angustia falando com um amigo muito especial mas foi difícil controlar e logo percebi que estava aos prantos, o rosto quase todo molhado e terminei "desabando" na porta do meu refúgio.
Enorme desanimo, sem vontade para nada e em algum momento a certeza de querer mais do que nunca o seu forte abraço,seu afago,seu carinho e claro seu colo só que para aumentar o meu desespero você está tão longe.E sentir sua falta é algo confirmado.
A cabeça não pára, o choro vem acompanhado de pensamentos que para muitos seria sem sentido e loucos só que neste momento fazem muito sentido.Nada tem graça.
As lágrimas por uns instantes cerraram-se mas o sentimento de repulsa e solidão ainda estão dentro do meu coração, não quero senti-los, só que infelizmente não sei como fazer para evitar tudo isso...pelo menos por enquanto.
Bjs doces....
Mara

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso... Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais... Enfim... Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito... O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutarmos para realizar todas as nossas loucuras...
Tudo de bom à todos.
Bjs doces!!!!
Mara

terça-feira, 20 de abril de 2010

Eu tenho medo... só medo.

Tenho medo do escuro do meu quarto

O que se esconde debaixo dos travesseiros?

Onde era branco agora é preto

Aqui é um marco.


Tenho medo de sair de casa

O que se esconde atrás das árvores?

Onde era terra agora é asfalto

Tudo um dia passa.


Tenho medo do silêncio

O que se esconde nos meus pensamentos?

Onde era vazio agora é turbilhão

Esse é o meu pensamento.


Tenho medo do escuro do meu quarto

Tenho medo de sair de casa

Tenho medo silêncio.


O que se esconde debaixo dos travesseiros?

O que se esconde atrás das árvores?

O que se esconde nos meus pensamentos?


Onde era preto agora é branco

Onde era terra agora é asfalto

Onde era vazio agora é turbilhão


Aqui é um marco.

Tudo um dia passa.

Esse... esse é o meu pensamento.



Minha autoria, Marília Araujo.


sexta-feira, 16 de abril de 2010

Sonhos

Os dias cada vez mais passando rápido e a saudade de você vai se tornando algo incontrolável a qual sinto que a qualquer momento vou explodir, vou gritar por não consegui fazê-la parar.
O amor realmente é um sentimento lindo e quando verdadeiro é melhor ainda.Tudo parece mágico, ações por mais simples acabam se tornando "o momento",proporcionando ao corpo sensações pra lá de boas.Com você tudo tem sentido, o mundo fica mais colorido.
Meu coração bate fortemente por você.É maravilhoso te amar e impossível não sentir isso por você, afinal mesmo sabendo que você tem defeitos sua qualidades são tão grandes que torna tudo um verdadeiro encanto.
Quero muito viver lindos momentos ao seu lado e não vejo a hora de sentir o poder do seu amor, que é capaz de fazer maravilhas.Muitas vezes sou surpreendida com uma loucura muito boa dentro do meu corpo mas a causa de tudo é você.
Não vou mais querer explicar, eu já sei.Alguém me soprou e falou tudo sobre você, que ainda eu vou te ver, eu quero deitar e sonhar outra vez te tocar, te ouvir, te sentir.....E poder te dizer, como EU AMO VOCÊ!

Bjs ....doces e claro......te amo!
Mara

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O futuro em nossa consciência...

Demagogia barata!


Você sabe qual a diferença entre impacto ambiental e devastação?

Consciência ecológica e preocupação com o meio ambiente?

Se sabe, que bom. Mas mesmo assim “saber” não é tudo. E o mundo não estará protegido pelo seu conhecimento.


ATITUDE.


Não adianta falar e explicar, num país em que bunda e peito tem mais espaço que a natureza (e que natureza!) só nos resta lamentar...


Que lamentar o que?! Resta-nos tentar mais essa e outra e outra, muitas vezes...


Só criticar também não adianta. Na verdade, não sei ao certo o que adianta. Mas sei que ficar parado não dá.

Um dia um certo pescador via a floresta emoldurar o outro lado daquele imenso riozão... hoje a floresta virou quintal, e o rio uma poça d’água...

Sem exageros. Mas é assim que um dia nosso mundo há de ficar...


De onde estivermos veremos este imenso globo outrora virgem se transformar, com sorte, num pedregulho...

Nossos mares, oceanos e rios se transformarão num poço...com fundo rente.


Impacto ambiental é predação a tudo o que é natural. Devastação pode ser sinônimo. Sinônimo da burrice humana.


Consciência ecológica é algo que se adquire por vezes através de informações massantes, porém preocupação tem mesmo quem é apaixonado pelo meio ambiente, quem consegue enxergar muito além da mata fechada, do solo alagado...


O que outros olhos despreocupados de fato não ousam ver. E se ousassem não conseguiriam.


Aquela velha história “de mudar o mundo” já era... Temos mesmo é que CONSERVAR este aqui que nos resta.

Nós já sabemos que no nosso bairro tem corruptos, tem vizinhança intransigente, tem gente de bem... agora projete isso em uma escala mundial. Fez isso?? Agora pare de procurar culpados e se pergunte o que você tem feito para ajudar quem tanto faz por você todos os dias e você nem agradece....


Pensem nisso.


Marília Pinto – Bióloga formada pela Universidade Federal do Pará.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pessoas especiais

Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho. Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro. A todas elas chamamos de amigo. Há muitos tipos de amigos.
Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles.
O primeiro que nasce do broto é o amigo pai e o amigo mãe. Mostram o que é ter vida.
Depois vem o amigo irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós.
Passamos a conhecer toda a família de folhas, a qual respeitamos e desejamos o bem.
Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso caminho. Muitos desses denominados amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz...Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias ou mesmo um dia ou uma hora. Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo que estamos por perto.
Falando em perto, não podemos esquecer dos amigos distantes. Aqueles que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra, sempre aparecem novamente entre uma folha e outra.
O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas. Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações.
Mas o que nos deixa mais feliz é que as que caíram continuam por perto, continuam alimentando a nossa raiz com alegria. Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam com o nosso caminho.
Beijinhos doces