Que espécie de homem veste uma calça de algodão cru?
Certamente aquele que se despe e se mostra nu.
Que espécie de homem abre gentilmente a porta do carro?
Certamente aquele que me invade quando chegamos ao quarto.
Deixo rolar a lágrima de aflição
Tremo as mãos
Já esqueci nossa canção.
Que espécie de homem é você que me vê chorar e me abraça?
Certamente aquele que me conforta e me acalma.
Quando tudo parece perdido
A noite recupera seu brilho
Num afago doce de suas mãos.
Que espécie de homem é você?
Certamente aquele que me fez ser.
E se sangrar o peito de tanto ardor não é o bastante
Me detém nos braços
Pra que eu não fuja e fique tão distante
Porque hoje o que importa é o compasso.
A verdade de cada um
Nesta noite eu só queria estar
Hoje não será tão comum
Eu quero me esvair e delirar...
Marília Araujo.
3 comentários:
fiquei com água na boca... isso é tudo real?
Um dos melhores posts!
se é...!
Foi um relato pessoal de 1999.
Foi uma situação especial...
obrigada querido! Já estava sentindo sua falta por aqui.. nunca mais comentou nada...
Bjs
Mari, Mari... você e seus mistérios...
belo poema... gosto dos que são verdade, como esse.
Reais, com pessoas reais. Um passado real.
Aarão Haddad.
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