domingo, 2 de agosto de 2009

Sede de ti...

Que espécie de homem veste uma calça de algodão cru?

Certamente aquele que se despe e se mostra nu.


Que espécie de homem abre gentilmente a porta do carro?

Certamente aquele que me invade quando chegamos ao quarto.


Deixo rolar a lágrima de aflição

Tremo as mãos

Já esqueci nossa canção.


Que espécie de homem é você que me vê chorar e me abraça?

Certamente aquele que me conforta e me acalma.


Quando tudo parece perdido

A noite recupera seu brilho

Num afago doce de suas mãos.


Que espécie de homem é você?

Certamente aquele que me fez ser.


E se sangrar o peito de tanto ardor não é o bastante

Me detém nos braços

Pra que eu não fuja e fique tão distante

Porque hoje o que importa é o compasso.


A verdade de cada um

Nesta noite eu só queria estar

Hoje não será tão comum

Eu quero me esvair e delirar...


Marília Araujo.



3 comentários:

BarelyEly disse...

fiquei com água na boca... isso é tudo real?

Um dos melhores posts!

Mari Araujo. disse...

se é...!

Foi um relato pessoal de 1999.
Foi uma situação especial...

obrigada querido! Já estava sentindo sua falta por aqui.. nunca mais comentou nada...
Bjs

Anônimo disse...

Mari, Mari... você e seus mistérios...
belo poema... gosto dos que são verdade, como esse.
Reais, com pessoas reais. Um passado real.


Aarão Haddad.