Tenho que confessar que eu era feliz
Por vezes enveredo nos meus mais pecaminosos pensamentos
Desde a primeira até a última vaga lembrança
Que ainda tenho dos nossos momentos.
Queria entender de verdade o que foi que aconteceu
Onde a vaidade nos acometeu
Por que era sexo com amor
E hoje é amor sem sexo...
Amor sem nexo.
Saudades daquela vida que eu tinha
Que tinha excitação no olhar
Inquietação no tocar
Amor no beijar.
Hoje só tem espaço para as brigas
Para as faíscas (e não são de amor...)
Intrigas, misérias da alma...
Quando finalmente me corrigi
Venci o meu ciúme
Sento à mesa com sua ex
Sinto que me perdi... e agora foi de vez.
Não agüento mais as tuas grosserias, teus insultos.
Eu só queria viver bem, te ver bem, estar bem
Mas me sinto como muitos
Muitos como eu: com alguém, mas sem ninguém.
Vida vazia, tarde vazia.
Me ponho a pensar e a escrever.
Desabafo com o teclado o que não posso te dizer
Você não iria gostar de ouvir
E outra briga iríamos ter.
Minha triste vida.
Fui eu que escolhi.
Minha autoria, Marília Araujo.
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