quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Lá no hospital.

É inevitável não lembrar daquele dia...
foi a última internação.
Você deitado naquela maca, transitando entre o real e o devaneio...
mas num pequeno momento de lucidez você se descobre
e me oferece um pedaço de maca e o teu calor
pra que eu não sentisse o frio...
gélido tempo naquela noite...

Me deitei sem jeito e sem espaço
mas o fiz só pra sentir o peso das tuas mãos grandes
a me acarinhar.
E foi assim que de repente ouvi:
"Te amo filhona, não chora... Por que você chora?"

Eu não respondi. Não dava. Chorei mais e mais.


--> Você não tem ideia do quanto me faz falta, do quanto eu te amo.
Marília Araujo.

2 comentários:

Mara Figueiredo disse...

Nossa, até hoje não consigo acreditar na sua partida.Sempre lembro de tudo oque fizemos juntos...das brincadeiras, seu enorme carinho e dedicação comigo.
Sempre te amarei.
A cada dia que passa a saudades aumenta ainda mais.

BarelyEly disse...

Você pode ouvir que vai passar até mesmo de alguém que já passou por isso. Mas a verdade é que não passa. Se transforma. E nos ensina muito. Um beijo.