terça-feira, 21 de julho de 2009

Vício.



Trago desesperadamente este cigarro.

A fumaça e a sombria madrugada.

No canto desta escura sala.
Só o som do teclado.

O cheiro de sarro.
A poesia criada.
Pensada e digitada.

Mas aqui tudo ainda é muito vago.


Eu não sei o que você quer.

Nem consigo descrever seu rosto.

Não dá pra renegar o gosto.

Mas eu não sei quem você é.


Essa vontade não me deixa em paz.

Saudade de quando eu podia ouvir aquele disco.
Emoção retrô x tecnologia – um misto.

Eu não quero mais.


Mas aqui eu posso dizer do meu súbito amor.

Era paixão, pura emoção.
Mas amar é importante, vem do coração.

Mas a melodia de antes agora é dor.


Eu nem sonhava.

Mas agora tenho meus receios.

De sonhar e ter meus sonhos desfeitos.

Por você que comigo não estava.


O cigarro acabou.

Você não.
Sem coração.

Me violou.



Marília Araujo.


3 comentários:

Anônimo disse...

Adorei seu texto! Amo o q você escreve.
Bjinhos

Cami Salgado.

Anônimo disse...

Perfeito Linda Mari... já estive exatamente assim como no seu texto..
E q combinação perfeita de rimas..
adoro ler..
me identifico!

Bjos e abraços.

Aarão Haddad.

Anônimo disse...

Adorei... ñ ñ..
A-D-O-R-E-I!!!
rsrsrsrs

Bjus MAri e Cami.


Ariana Kellen Pereira.